<body><script type="text/javascript"> function setAttributeOnload(object, attribute, val) { if(window.addEventListener) { window.addEventListener('load', function(){ object[attribute] = val; }, false); } else { window.attachEvent('onload', function(){ object[attribute] = val; }); } } </script> <div id="navbar-iframe-container"></div> <script type="text/javascript" src="https://apis.google.com/js/platform.js"></script> <script type="text/javascript"> gapi.load("gapi.iframes:gapi.iframes.style.bubble", function() { if (gapi.iframes && gapi.iframes.getContext) { gapi.iframes.getContext().openChild({ url: 'https://www.blogger.com/navbar.g?targetBlogID\x3d4000921\x26blogName\x3dAs+Imagens+e+N%C3%B3s\x26publishMode\x3dPUBLISH_MODE_BLOGSPOT\x26navbarType\x3dLIGHT\x26layoutType\x3dCLASSIC\x26searchRoot\x3dhttps://asimagensenos.blogspot.com/search\x26blogLocale\x3dpt_PT\x26v\x3d2\x26homepageUrl\x3dhttp://asimagensenos.blogspot.com/\x26vt\x3d-3264464510937535709', where: document.getElementById("navbar-iframe-container"), id: "navbar-iframe" }); } }); </script>
segunda-feira, janeiro 16, 2006
PROVEDORIAS

Crónica publicada hoje,no DN

Mudanças e proximidade

Os media têm efeitos contraditórios pois aproximam o que está longe mas, simultaneamente, afastam o que está perto. É esta segunda tendência que o jornalismo de proximidade contraria

No dia 9 de Janeiro o DN introduziu grandes mudanças no figurino habitual. Mais imagens, a procura de ritmos de leitura diversificados, nova distribuição da opinião nas páginas do jornal, novos colunistas e editorias, um caderno de Economia de segunda a sexta, suplementos e revistas criados de raiz ou modificados, uma opção assumida pela informação de proximidade, o olhar para a blogosfera de um modo mais activo. Tais mudanças foram explicadas aos leitores pelo jornal, no dia a dia e foi inserido um desdobrável numa das edições da semana. Os leitores também se exprimiram tendo sido publicadas algumas reacções na Tribuna Livre. Alguns leitores também se dirigiram ao provedor, como Helder Guégués: “ O Diário de Notícias de que sou leitor há muitos anos, está inequivocamente, melhor. O grafismo moderno e «limpo» convida ainda mais à leitura.” Este leitor, autor de um blogue sobre língua portuguesa intitulado Assim Mesmo, não se limitou ao merecido elogio. Apontou também alguns erros gramaticais e ortográficos evitáveis cometidos na edição inaugural. Referindo-se a um texto da nova secção, Cidades, apontava quatro:
“1. «[.] frequentam a escola daquela freguesia do concelho de Loulé, rapazes e raparigas [.]» (não pode ter aqui esta vírgula);
2. «[.] emigrantes que há algumas décadas atrás partiram para a Venezuela [.]» (há décadas);
3. «[.] que delineou para os próximos três anos, um projecto educativo [.]» (não pode ter aqui vírgula);
4. [.] com aulas extra-curriculares» (extracurriculares).”
E o leitor considera que “(...) tais erros, embora comuns nos políticos e no cidadão comum, são inadmissíveis num profissional cuja ferramenta de trabalho é a língua.”
João Pedro Fonseca, editor da secção, respondeu sem demoras. Esta atitude deve ser sublinhada pois não é frequente os editores assumirem a resposta às interpelações dos leitores, deixando tal tarefa, quase sempre, aos jornalistas implicados. “Tratei de falar directamente com o leitor, dando-lhe toda a razão nas correcções apontadas(...).Aproveitei até para informar este nosso leitor, que fiquei a saber que é revisor profissional, que vamos iniciar na secção Cidades algumas rubricas de interactividade com os leitores sobre temas relacionados com as vivências nas cidades. Respondeu-me prontamente elogiando a ideia e mostrando-se muito interessado em participar nessa relação com o jornal...
De sublinhar também esta dinâmica entre um comentário especializado de um leitor e as iniciativas redactoriais, bem como o reconhecimento dos erros, sem subterfúgios nem meias desculpas. “Acho que é um exemplo de como uma falha, (como tantas que acontecem diariamente) pode servir, se tivermos a humildade necessária para reconhecermos que erramos, para proporcionar uma ligação mais forte aos leitores”, escreveu o editor.
Uma das modificações anunciadas e que começou a ser concretizada pelo DN foi a de dar atenção ao jornalismo de proximidade. E, a referida editoria , Cidades, é expressão desse empenho dando conta de acontecimentos e problemas do dia a dia de diversas comunidades onde os leitores do DN habitam.
O que é o jornalismo de proximidade? Os media têm efeitos contraditórios pois aproximam o que está longe mas, simultaneamente, afastam o que está perto. É esta segunda tendência que o jornalismo de proximidade contraria procurando dar relevo informativo às “comunidades de lugar” onde a vida se desenvolve (ver Bloco Notas). A imprensa regional é o sector mais identificado com esta tendência. Um jornal nacional, uma rádio ou televisão podem também abrir informação de proximidade com os habitantes de uma zona ou de uma cidade do país, dando relevo a acontecimentos ou problemas que interessam mais directamente esses cidadãos. Ainda por cima num tempo em que surgem novas formas de colaboração dos cidadãos com os media geradas pela facilidade de fotografar, de filmar em vídeo, de gravar em áudio ou de comunicar por escrito com os media tradicionais. Essa proximidade implica mais as comunidades mas precisa de manter o rigor na escrita, a vigilância sobre as normas éticas e deontológicas e, ainda, o rigor na descrição da geografia física e humano dos locais objecto de notícia (ver Bloco Notas).


BLOCO NOTAS

Jornalismo de proximidade
Um livro sobre este assunto da autoria de Carlos Camponês, professor na Universidade de Coimbra, foi publicado na MinervaCoimbra. Diz-se na introdução: “A proximidade pode ser geradora do que denominamos por comunidades de lugar. O conceito reporta-se a uma proximidade situada localmente, num espaço e num tempo territorialmente identificados, e surge em contraposição ao conceito de “comunidades sem lugar” (...), ligadas por interesses e valores comuns, mas que não têm por referência um território específico.”

Outro erro
Marco de Canaveses foi incluído, erradamente, no concelho de Amarante. Diz o leitor Bruno Caetano : “Depois de tantas páginas de jornal terem sido escritas à custa da cidade de Marco de Canaveses, como por exemplo o caso Ferreira Torres ou mesmo F.C. Marco, já era altura de os jornalistas responsáveis por esta edição estudarem um pouco mais da geografia de Portugal e saberem que Marco de Canaveses e Amarante são dois concelhos, apesar de vizinhos, muito diferentes.”

Outras críticas
Há leitores que questionam a opinião insinuando estar a resvalar para a esquerda. “De João César das Neves nem se ouve falar”, escrevia um leitor. Mas, nesse dia, Os leitores também erram pois, nesse dia , o cronista escrevia a habitual crónica que intitulou “O próximo ciclo de prosperidade” apesar desta crónica não ter sido colocada na internet. Esperemos que a nova versão do sítio do DN venha trazer melhorias substanciais em relação à actual versão.

Mis correio
O leitor António Graça queixa-se da subida de preço do jornal ao sábado: “É evidente que sendo reformado, e tendo tido um aumento na minha reforma de € 0,10/dia em 2006, não terei a possibilidade de continuar a ser vosso leitor. “ Outro leitor, Paulo Melo, explicita o seu desapontamento face ao fim do DNA. E houve questionamentos sobre outros assuntos: uma fotografia de Mário Soares de braços abertos considerada pouco dignificante ou a correcção relativa ao montante de uma adjudicação do Metro de Lisboa, assunto assinalado em 1a página.

Escreva
Escreva sobre a informação do DN para provedor2006@dn.pt: “A principal missão do provedor dos leitores consiste em atender as reclamações, dúvidas e sugestões dos leitores e em proceder à análise regular do jornal, formulando críticas e recomendações. O provedor exercerá, simultaneamente, de uma forma genérica, a crítica do funcionamento e do discurso dos media.”
Do Estatuto do Provedor dos Leitores do DN
Para outros assuntos : dnot@dn.pt
 
José Carlos Abrantes | 4:29 da tarde |


0 Comments: